quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Em busca de um coração feliz

Não sou terapeuta nem cardiologista, portanto, não é com propriedade que falo. Mas cada vez mais, tenho dado importância a tudo o que possa contribuir para a definição, deveras abstrata, daquilo que se possa considerar "qualidade de vida". Tenho um historial familiar repleto de diabetes, infarto do miocárdio e problemas renais, de modo que, muito cedo, não somente por uma questão minha quase esquizofrénica - admito! - pela manutenção do "peso ideal", aprendi a controlar aquilo que ingiro, afasto-me o mais que posso do sal e do açúcar - e posso muito medianamente! -, recuso-me perentoriamente a ceder a todas as possíveis tentações dos vícios e me obrigo a exercitar o corpo, este oráculo da mente, cerca de três vezes por semana, a bem das minhas fortes dores lombares. 
Fonte: Imagem retirada da Internet

O marido partilha de minhas preocupações, mas nesta fase dos 40 a sua tensão maior está em "viver a vida" abundantemente. E às vezes dou por mim a observá-lo, quase adormecida, a referir-se a ela como sendo um grande parque de diversões aquático, com tobogãs gigantes, situado numa estância balneária nos arredores de Marrocos ou Egito, que é para conjugar com windsurf, trilhas e viagens sem fim pelos areais dos desertos! Mas eu o entendo, compreendo que, até para mim, que cheguei nesta fase convencida de que o melhor da vida é a regularidade daquilo que esforçamo-nos para construir, a vida por vezes é claustrofóbica. No entanto, quando vejo ao meu redor a vida escapar por entre os dedos de quem, já agora, contenta-se apenas em mante-la aprisionada num corpo que desfalece, percebo, aliviada, que o melhor da vida é tão somente a vida, saudável e linear.

Por isto, hoje venho aqui, recordada de um texto que li outro dia escrito por um médico cardiologista de nome Ernesto Artur, que achei precioso e que me parece importante partilhar. Traz-nos conselhos sobre como ter um coração saudável, longe do infarto. O que mais me surpreendeu é que são atitudes simples de adotar, mas que, maioritariamente, praticamos de forma inversa. Mantive a fidedignidade do conteúdo do texto, mas fiz algumas pequenas alterações (literais) de forma a melhor adapta-lo ao contexto deste blogue. Vejamos:
  1. Não ponha o trabalho à frente de tudo. As necessidades pessoais e familiares são prioridades.
  2. Não trabalhe aos sábados o dia inteiro e, de maneira nenhuma, trabalhe aos domingos.
  3. Não permaneça no local de trabalho após o expediente e não leve trabalho para casa ou trabalhe até tarde.
  4. Ao invés de dizer "sim" a tudo que solicitarem, aprenda a dizer "não".
  5. Não procure fazer parte de todas as comissões, comités, diretorias, conselhos e nem aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios, etc.
  6. Tome o café da manhã (pequeno almoço) ou uma refeição, de forma tranquila. Não aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou realizar reuniões importantes.
  7. Pratique atividade física, tal como ginástica, natação, caminhada, pesca, futebol, etc.
  8. Saia de férias. Ninguém é de ferro!
  9. Não centralize o trabalho, aprenda a delegar.
  10. Se se sentir cansado, sem energia ou desestimulado, não tome qualquer medicação sem antes procurar um médico.
  11. Não tome calmantes ou sedativos, seja de qual tipo for. O uso contínuo dessas substâncias, faz mal à saúde.
  12. Por fim, o mais importante: Permita-se ter momentos de oração, meditação, audição de boa música e reflexão sobre a vida. Isto não é só para crédulos e tolos sensíveis; faz bem à vida e à saúde.
À todos, vida longa!
 
      

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