quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Sugestões económicas de máscaras para pequenos foliões

O Carnaval está a chegar e as crianças já eufóricas com o dia de irem mascaradas para a escola. Selecionei algumas sugestões de máscaras para os nossos pequenos foliões, que se destacam por serem simples, criativas e fáceis de improvisar com o que temos em casa. Divirtam-se!

Pequeno pintor francês Pinterest


Enfermeira Ziggity Zoom


Máscara leoa de papel Pinterest



Palhaço Ziggity Zoom


Pequeno explorador Real Simple


Abelha Real Simple


Cientista Real Simple


Umbrella Girl Real Simple


Realizador Real Simple


Reggae Girl improvisos da Eva


Boneca Emília Vovó "Vinha" da Malu


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Carta de um pai para a filha sobre o seu futuro marido

Temos duas meninas. Vivemos numa casa, digamos, muito feminina! E neste ambiente, o pai às vezes sente-se atormentado, às vezes lamenta o facto de achar que será emocionalmente muito difícil "lidar" com o casamento das filhas. O que é perfeitamente compreensivo, tendo em conta o sentimento de cuidado e proteção. Nessas alturas, dou uma de "modernosa" (coisa que nem sou tanto assim mas que é para contrabalançar) e lanço o meu alerta mais cruel: "- Nem sabemos se elas vão querer casar! Aliás, do jeito que são curiosas, provavelmente antes disso vão nos dizer 'adeus' e vão ali conhecer o mundo.". Não é, de todo, que eu esteja preparada para este dia mas é uma possibilidade real - e ainda bem! - de modo que é por isto tão importante criarmos alicerces seguros para onde possam sempre querer regressar; valores que levarão para onde quer que vão. É basicamente isto que tentamos transmitir.

E veio bem a calhar esta carta abaixo, escrita pelo psicólogo Kelly Flanagan para a sua filha, a respeito do seu futuro marido. Através do desabafo desse pai, todas as nossas preocupações são reveladas, quando se trata das "escolhas" das nossas filhas; mas mais do que isto, esta carta serve de reflexão para todos nós: mulheres e meninas, que nunca tiveram quem lhes explicasse isto tão bem; homens e meninos, para que nunca lhes assalte em pensamento a ideia de ser necessário mantê-los "interessados"!
«Querida Cutie pie,
Há uns dias eu e a mãe estávamos a fazer uma pesquisa na net, e enquanto escrevíamos no motor de busca, o Google mostrou uma lista das frases mais procuradas do mundo. Empoleirada no topo da lista estava “Como mantê-lo interessado?”.
Caiu-me a ficha. Comecei a desbravar inúmeros artigos sobre "como ser sexy e sexual", "quando levar-lhe uma cerveja versus uma sandwich", e "quais as maneiras de fazê-lo sentir-se inteligente e superior".
E fiquei irritado.
Minha querida, não é, nunca foi, e nunca será uma tarefa tua “mantê-lo interessado.”
Minha querida, a tua única tarefa é saberes no fundo da tua alma – nesse lugar inabalável que não é salpicado pela rejeição, perda, e ego inchado – que tu és digna de interesse. (Se te conseguires lembrar que todas as outras pessoas também são dignas de interesse, as batalhas na tua vida estarão praticamente ganhas. Mas isso dá pano para mangas para outra carta.)
Se confiares no teu valor, vais ser uma pessoa atraente no mais importante sentido da palavra: vais atrair um rapaz interessante e que vai querer passar a sua vida a investir no aumento do seu interesse por ti.
Minha querida, eu vou falar-te desse rapaz que nunca vais precisar de o "manter interessado", porque ele sabe que tu és interessante, e ele vai manter-se interessado:
  • Não importa que ponha os cotovelos na mesa – desde que ponha os olhos na forma como o teu nariz se enruga quando te ris. E que não consiga parar de admirar-te.
  • Não importa que não possa jogar golfe comigo – desde que brinque com os vossos futuros filhos, e que te reveja neles, quer nas suas saídas brilhantes quer nas suas frustrações.
  • Não importa que não seja muito ambicioso, desde que siga sempre o seu coração, e que o leve sempre de volta para ti.
  • Não importa que não seja um homem forte, desde que te dê espaço para usares a força do teu coração.
  • Não importa nada quais as suas convicções políticas, desde que todas as manhãs ao acordar te eleja para um lugar de honra em tua casa e no seu coração.
  • Não importa qual o tom de pele dele – desde que pinte a tela das vossas vidas com pincéis de paciência, sacrifício, vulnerabilidade e ternura.
  • Não importa se é católico, budista ou ateu – desde que tenha sido criado para valorizar o sagrado, e que como sagrado considere cada momento da vida que passa contigo, e que passam em família.
E por fim, minha querida, se conheceres um homem que reúna estas características, mas que não tenha nada em comum comigo, não te preocupes, pois teremos sempre a coisa mais importante do mundo a ligar-nos:
Temos-te a ti.
Porque no fim, minha querida, a única coisa que deves fazer para “mantê-lo interessado”, é seres tu própria.
Do teu, eternamente interessado em ti,
Pai.»

Fonte da tradução em português: Up To Lisbon Kids

A imagem (fofinha) é da Evinha com 10 dias sobre o pai todo feliz!
Estúdios J.A.Santos
      

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Distância

A minha mãe, a pessoa que eu conheço que mais desculpas sabe dar, diz-me muitas vezes, com um certo ar inaceitável, que estou longe; que fui para um "lugar tão longe!". A minha mãe não quer entender! Digo-lhe que não há "lugares longes", há tempos de distância (há muito deixei de medir a distância em quilômetros!). O que muda é como se transporta, por exemplo: tanto faz levar 8 horas para percorrer de autocarro 350 km de estradas quase inexistentes; como levar 8 horas para entrar num avião em um país e sair em outro. A distância, nada mais é, do que o tempo que se leva para percorrer de um ponto a outro e que pode ser muito variável, a depender da velocidade empreendida pelo viajante (e da sua vontade!). Física pura. Mas ela não entende... ou talvez tenha mesmo dificuldade em ultrapassar a circunferência do seu círculo. Morreremos sem saber. Eu, daqui, fico a espera que um dia a minha mãe compreenda duas verdades que aprendi com a vida: há quem esteja ao lado e abandone; há quem esteja distante e mais perto ainda.     

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Mousse de Chocolate perfeito... quanto menos, melhor!

Vocês não vão acreditar mas o meu mousse de chocolate quase não leva manteiga (ou simplesmente não leva!), quase não leva açúcar e é feito com poucos ovos. Ainda por cima, é facílimo e delicioso. Juro! Tem lá seus truquezinhos, isso tem! Vou explicar tudinho... depois me digam se não tenho razão!

Ingredientes
4 ovos
200g de chocolate amargo (70% cacau)
1 colher de sopa de manteiga ou 3 colheres de sopa de água (nem mais!)
6 colheres de sopa açúcar (se gostar da mousse mais a chocolate amargo, reduzir para 3 colheres)
1 pitada de sal

Opcional
1 colher de sopa de café (instantâneo ou preparado mais forte) ou de licor (preferencialmente de café)
* Quando faço para as crianças não utilizo este ingrediente

Modo de fazer
1. No microondas ou em banho-maria, derreter o chocolate em pedaços pequenos juntamente com a manteiga ou a água e o café ou licor. 2. Bater as claras em castelo (neve) adicionando a pitada de sal que é para ficarem mais volumosas. 3. Misturar o açúcar com as gemas à parte. 4. Em seguida, adicionar esse creme ao chocolate já derretido. 6. Por último, juntar as claras em castelo ao preparado de chocolate, misturando tudo delicadamente. 6. Dispor em taças individuais ou numa maior, forrar com película aderente e levar ao frio até a consistência. 7. Decorar com amêndoas picadas, pedaços de chocolate ou M&M's (as crianças adoram!), aqui vale a imaginação.


    

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Por que os bebés africanos não choram?

Este texto veio parar em minhas mãos e eu identifiquei-me prontamente com a história dessa mãe queniana. Nisto, tenho de concordar que, culturalmente, e em muitos aspetos, o Brasil está muito próximo da África, o que é percetível em termos históricos. Como já contei, aqui, a minha primeira filha foi uma bebé muito "difícil", chorava muito, não dormia, foi muito exigente para uma mãe de primeira viagem como eu. Sem exageros, só conseguia cala-la enquanto dava-lhe de mamar; da mesma forma adormece-la, de modo que podem imaginar o meu cansaço e compreender como era difícil para mim fazer diferente! A dada altura deixei de lutar e resolvi seguir o conselho do pediatra que nos indicaram em Salvador (Bahia, Brasil), onde a minha filha nasceu. Precisava desesperadamente de apoio e, ao contrário da fórmula mágica que tinha ido a procura, o Dr. Plínio (não me recordo o apelido!), um experiente e conceituado médico perto dos 70 anos ou mais, foi peremtório: devia amamenta-la sempre que ela pedia - era esta a natureza, era para isto que nós, mulheres, tínhamos mama... nós é que desvirtuamos tudo (!?). E não tinha que me preocupar com mais nada, a não ser em amamentá-la exclusivamente até o sexto mês de vida. Depois percebi que, no Brasil, as latas de leite artificial ou suplemento alimentar para recém-nascidos vinham com a recomendação do Ministério da Saúde do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses e continuado até os 2 anos de vida do bebé. Percebo que há questões sociais ligadas a esta recomendação mas foi o que eu fiz, voluntariamente ou não, até a minha filha completar 20 meses.

Com a segunda, porque era sem dúvida uma bebé diferente da primeira e, se calhar, porque tinha a mãe mais "europeizada", consegui manter o aleitamento materno até o seu quinto mês de vida mas já não de forma exclusiva.

A verdade é que tenho duas filhas saudáveis, amorosas e emocionalmente ligadas a mim. Fundamentalismos à parte, tenho duas filhas diferentes e tive desde o início de saber lidar com elas de formas diferentes, descobrindo aqui e ali maneiras de conforta-las e estarmos bem. Ainda assim, gostaria que o texto que partilho abaixo pudesse ser um ponto de reflexão, sobretudo, para as recém-mamãs que o lerem. De tudo, se puder numa única frase resumi-lo e exprimir aquilo que penso, diria, tal como a sábia avó africana: Decifrem os seus bebés, eles não vêm com cronómetro. 
"Eu nasci e cresci no Quénia e na Cote d'Ivoire. A partir dos quinze anos fui viver no Reino Unido. No entanto, eu sempre soube que eu queria criar os meus filhos (quando os tivesse) em casa, no Quénia. E sim, eu achava que iria tê-los. Eu sou uma mulher moderna Africana, com dois graus universitários, e uma mulher de quarta geração de trabalho, mas quando se trata de crianças, sou tipicamente Africana. A ideia é que não estamos completas sem elas, as crianças são uma bênção que seria uma loucura evitá-las. Na verdade é que esta questão nem sequer surgiu. 
Eu comecei a minha gravidez no Reino Unido. O desejo de regressar a casa era tão forte que eu vendi a minha prática, abri um novo negócio e mudei de casa e de país nos primeiros cinco meses após descobrir que estava grávida. Eu fiz o que muitas mães grávidas no Reino Unido fazem, ler vorazmente: Our Babies, Ourselves, Unconditional Parenting, tudo da Sears, a lista continua. (Minha avó comentou mais tarde que os bebés não lêem livros e realmente tudo que eu precisava fazer era "ler" o meu bebé). Tudo o que li, disse que os bebés africanos choram menos do que os bebés europeus. Fiquei intrigada com isso.
Quando cheguei em casa pude observar. Olhei para mães e bebés e eles estavam por toda parte, embora muito jovens os africanos, com menos de seis semanas, estavam em casa. A primeira coisa que notei é que apesar de sua omnipresença, é realmente muito difícil "ver" um bebé queniano. Normalmente são incrivelmente bem embrulhados, antes de serem transportados, ou amarrados pela sua mãe (às vezes pelo pai). Mesmo os bebés mais velhos são amarrados a toda a volta e são protegidos do meio ambiente por um grande cobertor. Seria a sorte alguém conseguir ver algo, fosse um olho ou o nariz. O embrulho é uma réplica semelhante ao útero. Os bebés ficam literalmente num casulo face às tensões do mundo exterior em que eles estão a entrar.

A minha segunda observação foi uma questão cultural. No Reino Unido, entende-se que os bebés choram. No Quénia, era completamente o oposto. O entendimento é que os bebés não choram. Se o fizerem, algo está terrivelmente errado e deve ser feito para corrigi-lo imediatamente. A minha cunhada inglesa resumiu bem. "As pessoas aqui", disse ela, "realmente não gostam que os bebés chorem, não é?"

Tudo fazia muito mais sentido quando eu finalmente cheguei e a minha avó veio da aldeia para me visitar. Quando isso aconteceu, minha filha teve um grande bocado a chorar. Desesperada e cansada, eu esqueci-me de tudo que eu já tinha lido e, por momentos, juntei-me ao choro. No entanto, para minha avó era simples, "Nyonyo (amamenta a tua filha)!" Foi a sua resposta.
Houve momentos em que era uma fralda molhada, ou porque eu a tinha colocado para baixo, ou porque ela precisava de arrotar, mas, principalmente, ela só queria estar no peito, não importa se estava a ser alimentada ou apenas a ser um conforto do momento. Eu usufruía mais da sua companhia e praticava co-sleeping (partilha de cama) com ela, eu estava a fazer uma extensão natural para o que era correto. 
De repente eu aprendi o segredo, não tão difícil, do silêncio alegre de bebés africanos. Foi uma simbiose simples, vi que exigia uma mudança total de ideias sobre o que deveria acontecer e um abraçar do que realmente estava acontecer naquele momento. O resultado foi que o meu bebé começou a ser alimentado muito muito mais do que eu já tinha lido, pelo menos  mais cinco vezes do que alguns dos horários mais rigorosos de alimentação que eu tinha visto.  
À cerca de quatro meses, quando algumas mães da zona urbana começar a introduzir sólidos, segundo diretrizes que lhes haviam recomendado, a minha filha voltou ao estilo de amamentação de um recém-nascido, ou seja de hora a hora e foi um choque total. Lentamente, nos últimos quatro meses, o tempo entre as mamadas começou a aumentar. (...) 
A maioria das mães do grupo da minha mãe e do meu bebé tinham começado a introduzir o arroz ao bebé (para esticar os alimentos) e todos os profissionais envolvidos na vida das nossas crianças, pediatras, mesmo doulas, disseram que esta atitude foi correta. As mães também precisavam de descanso e que tínhamos feito algo surpreendente ao chegarmos aos quatro meses de amamentação em exclusivo, e eles garantiram-nos que para os nossos bebés seria ótimo. Houve uma coisa que não me pareceu muito verdadeira, quando eu tentei, sem grande entusiasmo, misturar um pouco de mamão (o alimento tradicional para o desmame no Quénia) com leite materno que retirei e ofereci-o à minha filha, ela rejeitou-o.
Então eu liguei para minha avó. Ela riu-se e perguntou se eu andava novamente a ler os livros. Ela explicou-me cuidadosamente que na amamentação nada é linear. "Ela vai dizer-te quando estará pronta para o alimento - e seu corpo também." 
"O que vou fazer até lá?" Eu estava ansiosa para saber. "Tu fazes o que fizeste antes, amamentas regularmente." Então, a minha vida abrandou para o que parecia ser um impasse novamente. Enquanto muitos de meus contemporâneos, maravilhados com a forma como seus filhos começaram a dormir mais, depois de terem introduzido o arroz e mesmo de se aventurarem em outros alimentos, eu estava a acordar de hora em hora ou a cada duas horas com minha filha e digo aos meus pacientes que o retorno ao trabalho não fora bem como eu havia planeado. 
Logo descobri que, sem querer, eu estava a transformar-me num serviço de apoio informal para outras mães da zona urbana. O meu número de telefone estava a faz as rondas e muitas vezes enquanto eu alimentava a minha bebé eu começava a ouvir-me a pronunciar as palavras: "Sim, basta manter a alimentação dele/dela. Sim, mesmo que você tenha acabado de os alimentar. Sim, você pode até não conseguir tirar o seu pijama hoje. Sim, você ainda precisa de comer e beber como um cavalo. Não, agora não pode ser a hora de considerar o retorno ao trabalho, você não se pode dar a esse luxo." E, finalmente, eu assegurei mães, "Vai ficar mais fácil." Eu tive que confiar apenas neste último conselho, pois não estava a ser mais fácil para mim. 
Uma semana antes da minha filha fazer cinco meses, viajei ao Reino Unido para um casamento e para ela conhecer a família e amigos. Como eu tinha poucos compromissos, facilmente mantive a rotina da sua amamentação. Apesar dos olhares desconcertados de muitos estranho em vários locais públicos (a maioria das salas de amamentação foram designadas em casas de banho que eu simplesmente não conseguia usar) por eu amamentar a minha filha, nós continuamos.
Num casamento, as pessoas que estavam na mesma mesa que nós, comentaram: "É um bebé muito fácil embora não se alimente muito bem", uma outra senhora respondeu: "Embora eu tenha lido em algum lugar que os bebés africanos não choram muito." Eu não pude deixar de rir.
Sabedoria suave da minha avó:
1. Ofereça o peito a cada momento que a sua bebé estiver chateada - mesmo que tenha acabado de lhe dar mama.
2. Co-sleeping. Muitas vezes podes amamentar o teu bebé antes de estar completamente acordada, o que lhes permitirá voltar a dormir mais facilmente e descansar mais.
3. Leva sempre uma garrafa de água quente para a cama contigo à noite para mantê-lo hidratado e o leite fluir.

4. Amamenta a pedido do bebé (especialmente durante os picos de crescimento) e tenta obter o máximo de ajuda de quem estiver perto de ti. Poucas são as coisas que não podem esperar.
Lê o teu bebé e não os livros. A amamentação não é linear, ele vai para cima e para baixo e também em círculos. Tu és o especialista das necessidades do teu bebé."
Fonte: Blog «O Mundo é das Crianças».
Artigo original: Why African Babies Dont't Cry.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Abraçaço em Lisboa

Eu adoro, de paixão, o Caetano! E como uma boa baiana, orgulho-me dele, acho-o lindo, emociona-me! A boa notícia é que ele vai estar no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, no próximo dia 28 de Abril, com o seu mais recente espetáculo "Abraçaço". Claro que eu já ando a fazer planos!

"Abraçaço" é o 49.º álbum da carreira de Caetano, lançado em 2012, quando o músico completou 70 anos. A crítica considera-o um dos seus maiores e mais ricos trabalhos, tanto que no ano passado lhe rendeu o Grammy Latino. Caetano explica que o título foi inspirado na forma como às vezes finaliza e-mail e, segundo descreve no seu Twitter, "sugere não só um abraço grande mas também um abraço espalhado, abrangente, múltiplo".  

Os bilhetes custam entre 25€ e 55€. Acho que vale o "abraçaço" do Caetano!

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Bolo Petit Gateau (para o amor, chocolate)

"Tudo que você realmente precisa é amor, e um pouco de chocolate". 
(Lucy Van Pelt - Turma do Charlie Brown)
E sendo assim, eis aqui a combinação perfeita para um Dia de São Valentim perfeito: o mais delicioso bolo de chocolate Petit Gateou!

Ingredientes:
4 ovos
1 chávena (xícara) de açúcar
2 chávenas de farinha de trigo
250g de manteiga
200g de chocolate em pó
1 colher de chá de bicarbonato de sódio

Para a calda de chocolate:
1 chávena (xícara) de açúcar
1 chávena de chocolate em pó
1 chávena de leite
1/2 colher de sopa de manteiga

*Levar ao lume e mexer até dar o ponto de calda. Dobrar a receita se preferir com mais calda.

Modo de fazer:
1. Misturar o açúcar, a manteiga e as gemas com uma colher de madeira. 2. Acrescentar a farinha de trigo e o chocolate em pó e misturar bem (resulta numa massa bastante consistente).3. Bater as claras (já separadas) em castelo ou neve e incorporar ao resto dos ingredientes. 4. Levar ao forno pré-aquecido, a temperatura média (mais ou menos 180º), por aproximadamente 30 minutos.

*Atenção: O bolo fica um pouco mole por dentro mas visivelmente assado por fora.



Happy Valentine's Day!


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Todos os dias é dia de amar (prévia para um feliz Dia de S. Valentim)


Já só se vê corações espalhados por todos os lados e anúncios luminosos com sugestões para um Dia de São Valentim bem passado ao lado da nossa "cara metade". O amor está no ar! E é bom que tenham reservado um dia inteirinho para celebrar o amor mas a verdade é que devemos celebra-lo todos os dias... vive-lo todos os dias... cultiva-lo todos os dias...

De todo modo, celebremos o Dia de São Valentim, que é já amanhã! É amoroso surpreendermos o nosso amor (e sermos surpreendidos também!), seja com uma caixa de bombons, um jantar romântico, um bolo de chocolate especialmente preparado, um vinho degustado ao som de boa música... com criatividade mas sobretudo com gentileza e amor. Onde encontrar o "miminho" com a cara do nosso amor todos nós sabemos, à nossa medida!

São estas as minhas sugestões, simples mas especiais. No mais, dedicar umas horas só para os dois pode ser o quanto basta: olhar nos olhos, conversar, rir e amar. Amar, acima de tudo.

"Desejo que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda exista amor pra recomeçar"

(Frejat, Amor pra Recomeçar) 

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O que exatamente é um doutoramento? (guia ilustrado para quem não sabe identificar um "calombinho")

"- Então, já acabou o curso?"
"- E a tese? Como vai a tese?"
"- Já está a trabalhar?"

São perguntas que me irritam! Primeiro, porque um curso de doutoramento é algo deveras irritante; segundo, porque faz tempo que ando a procura de coerência na tese que algures se perdeu no meio dos meus conflitos (neste momento, ando a sonhar com ela, tenho pesadelos com ela...); por último, porque escrever uma tese dá "trabalho para burro" mas parece que são poucos os que percebem isso! E no meio disto tudo, há ainda uns tantos que medem a qualidade do seu trabalho pelo número de páginas escritas. É quando tenho vontade de cortar os pulsos! Mas não o faço, não sou tão parva a este ponto, restrinjo-me ao campo das intenções.

Até que, estes dias, encontrei o texto abaixo que me soou como uma espécie de mantra. Afinal, um professor de Ciências da Computação da Universidade de Utah (EUA), Matt Might, baseado na dificuldade que foi completar o seu próprio doutoramento, agora ajuda os seus estudantes a completarem o seu.

Conclusão: Não estamos acima do resto da humanidade porque conhecemos mais sobre um determinado assunto. O conhecimento é ilimitado, é uma estrada cheia de ondulações e precipícios. Na verdade, neste universo de pseudo deuses e loucos varridos, há opiniões em todos os sentidos sem que, seguramente, se possa apontar uma única resposta correta. Se calhar, é esta massa cinzenta e duvidosa que forma o "calombinho de conhecimento" que ultrapassa os limites e que o autor chama de doutoramento (Ph.D). E se querem saber mesmo, eu ainda nem lá cheguei: a minha tese está naquela fase "vai-se andando!".

Leiam o texto. Original em inglês: The illustrated guide to a Ph.D. Tradução em português do Brasil: Blog posgraduando.

***

Todo ano eu explico para um novo grupo de pós-graduandos o que é um doutorado. Mas é difícil descrever em palavras. Então, eu uso figuras. Veja abaixo o guia ilustrado que eu utilizo para explicar exatamente o que é um doutorado.

Imagine um círculo que contém todo o conhecimento humano:
Quando você completa o ensino básico, você sabe um pouco:
Quando você completa o ensino médio, sabe um pouquinho mais:
Com uma graduação, você sabe um pouco mais e ganha uma especialização:
Um mestrado te aprofunda naquela especialização:
Ler e estudar teses te leva cada vez mais em direção ao limite do conhecimento humano naquela área:
Quando você chega lá, você se foca:
Você tenta ultrapassar os limites por alguns anos:
Até que um dia os limites cedem:
Este pequeno calombinho de conhecimento que ultrapassou os limites é chamado de doutorado (Ph.D.):
Mas é claro que na sua visão de mundo fica diferente:
Mas não esqueça da dimensão das coisas:
Continue ultrapassando os limites.   

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Restaurante em Lisboa para graúdos e miúdos

Os dias de chuva não nos dão grandes hipóteses de passeio mas no Domingo não nos tirou a vontade de passar um bom bocado com os amigos. Assim, e como já há algum tempo ando a pensar em lá ir só para vos dizer o que me pareceu, fomos experimentar o famoso brunch do Hotel Real Palácio Lisboa. Chama-se Brunch em Família e é promovido todos os Domingos, inspirado na tradição de passar o dia dedicado à família. 

O conceito de facto é muito agradável tanto para os adultos como para as crianças, que contam com um cantinho especialmente pensado para as suas atividades e brincadeiras: livros, mesa de desenhos, brinquedos, mini cozinha e profissionais simpáticos que lhes acompanham e ainda realizam divertidos workshops de cake design. 

O brunch do Hotel Real é completo: brioches, panquecas, compotas, frutas, bolos, doces, saladas, sopa, massa ou risotto confeccionado no show cooking... conjugando assim um espaço aconchegante e uma "boa mesa", a combinação perfeita para uma conversa relaxante enquanto as crianças se divertem com qualidade e segurança.

O Hotel Real fica na Rua Tomás Ribeiro, nº 115, Lisboa. O brunch em família realiza-se todos os Domingos entre as 12h00 e 16h30, ao preço de 15€ (direito a uma bebida) ou 20€ (menu livre) por adulto e 7,5€ por criança entre os 3 e os 11 anos (crianças até aos 2 anos inclusive não pagam). Aconselho que façam reserva de mesa com antecedência, pois há bastante afluência (tel. 213 199 500).

Portanto, é na minha opinião mais uma boa opção de restaurante para ir com as crianças em Lisboa. Confiram!  




   


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Pedro Chagas Freitas

Conheci há pouco tempo um pouco da obra de Pedro Chagas Freitas e fiquei tão fascinada que inscrevi-me no seu curso on line de escrita criativa. Adoro a irreverência, o arrebatamento dos seus textos, muitas vezes de cortar a respiração. E prende-me o seu estilo, a forma como desmistifica a pontuação (acerca do Ilusionismo Linguístico de Chagas), como passeia pelo universo das letras. É fabuloso! 

***


"amo-te tanto mas hoje tenho de levar o carro ao mecânico, as rodas fazem um barulho estranho, não deve ser nada mas é melhor prevenir, amanhã prometo que vamos ver que tal se come naquele restaurante novo junto à rotunda, e depois levo-te ao cinema, ai não que não levo, 
amo-te tanto mas hoje tenho de ver o treino do miúdo, o treinador ligou e disse-me que temos craque, o nosso menino a jogar como gente grande, vê lá tu, quando chegar com ele vê se tens prontinha aquela comida que ele adora, o puto merece, ai não que não merece, 
amo-te tanto mas hoje tenho de ficar até tarde no escritório, há aquele projecto do estrangeiro para fechar, está aqui tudo perdido de nervos, não sei se aguento, daqui a pouco ligo-te para saber como vai tudo, o miúdo e as coisas aí em casa, agora tenho de ir mostrar a esta gente toda como se trabalha, ai não que não tenho, 
amo-te tanto mas hoje tenho de me deitar cedo, amanhã é aquela reunião importante de que te falei, se conseguir o cliente vamos ser tão felizes, aquela casa, o carro novo, quem sabe?, só tenho de o conseguir convencer, tenho tudo prontinho na minha cabeça e nada pode falhar, vamos ser ricos, é o que é, ai não que não vamos, 
amo-te tanto mas hoje não estás, cheguei à hora combinada para te levar a jantar e tu não estás, o miúdo também não, deve estar no treino, deixa-me cá ligar, ninguém atende, nem tu nem ele, provavelmente deves estar a preparar alguma, sempre foste tão assim, cheia de surpresas, daqui a nada entras pela porta e dizes que me amas, ai não que não dizes, 
amo-te tanto mas hoje tenho de assinar este papel, olho-te e peço-te perdão, prometo-te que não vai haver mais mecânicos nem treinos nem clientes estrangeiros nem reuniões entre nós, garanto-te que te quero acima de tudo, olho-te mais uma vez nos olhos e procuro acalmar o que te dói, mas tu só dizes para eu assinar e eu assino, as mãos tremem e até já uma lágrima caiu sobre elas, o nosso filho quando souber vai chorar como um menino pequeno outra vez, o nosso craque, podias ficar pelo menos pelo nosso craque, ou pelo menos por mim, para me manteres vivo, Deus me salve de não te ter comigo, sou uma impossibilidade se não te tiver para gostar, ai não que não sou, 
amo-te tanto mas hoje não tenho nada para fazer, a casa escura, um silêncio vazio e nada para fazer, apenas esperar que te esqueças de mim e me voltes a amar, e eu amo-te tanto, ai não que não amo".

Pedro Chagas Freitas, in: "O Livro dos Loucos".

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O desapego

É muito, muito difícil dizer para alguém que amamos: "- Vá!". E tanto ou mais difícil ainda é sermos nós a soltarmos-nos de pessoas, coisas ou lugares que nos são caros, importantes. Estranhamente, os dicionários trazem o significado do verbete "desapego" exatamente como "falta de apego, desafeição, desamor, desinteresse". Ao meu ver, o desapego é sentido como o contrário de tudo isto: é amor a mais. Mas há ainda quem considere um elogio dizer que alguém é "desapegado", que nesse caso tem um sentido quase altruísta. Para mim, desapegar é um processo doloroso... e tão necessário quanto respirar. Considero o apego uma prisão. Ficamos muitas vezes acorrentados ao passado, ao que fomos ou que tivemos e não evoluímos, não deixamos a vida renovar, não sabemos se o que temos hoje é real e suficiente. Desapegar deve ser um ato de amor, uma libertação, nossa e daquilo que nos prende. Muitas vezes, é preciso desapegar para seguir em frente ou até, quem sabe, voltar atrás! 

Comigo, o desapego nunca vem sem lágrimas; contudo, depois confiro uma sensação de alívio, de respeito e de certeza que suplanta a angústia do "deixar de ter" e reforça-me por dentro. Não, não é o que parece. Não gosto de não ter, de deixar de ter! No entanto, desapego por necessidade de saber que o que tenho é verdadeiro... e precisa de mim tanto quanto eu preciso daquilo a que me apego.

É assim, com este sentimento, que venho deixando pelo caminho coisas, lugares e pessoas. Faço-o por amor. Algumas trago em meu coração, para sempre, sem grilhões que as prendam; outras perco na estrada. Mas isto é porque não são minhas: são da vida!

(...)

E foi por isto, por achar que pudesse cortar-lhe as asas, tolher-lhe o voo, tirar-lhe o vento, que Ela lhe disse: "- Vá!". E Ele ficou. E Ela achou que era porque não fazia mais sentido... e sentiu, dentro dela, aquele alívio de que lhes falei.  



quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

A Janela da Namoradeira: uma ideia deliciosa!


Diz um provérbio popular que "a necessidade aguça o engenho". Foi nisto que pensei quando conheci a história da artista plástica brasileira Iara Battoni. Iara, de 27 anos, tem um percurso de vida parecido com o de muitos outros jovens recém-licenciados; não fosse a sua vontade de vencer, somada ao evidente talento e ousadia. Terminado o curso e desempregada, Iara não cruzou os braços: utilizou as ferramentas que tinha, criatividade e persistência, e da janela do seu quarto abriu o negócio que lhe catapultou para o sucesso. Pensou: "a janela é o que eu tenho, então, vou usá-la". Nasceu, assim, a doceria criativa artesanal da Iara: A Janela da Namoradeira - nome escolhido em homenagem à escultura de uma mulher debruçada na janela, do folclore brasileiro. A janela fica em Amparo, cidade do interior de São Paulo e em meio a muitas cores, uma placa a anunciar: "Aqui tem doce", Iara vende brigadeiros, palhas italianas, cupcakes, chocolates e licores, para além de distribuir sorrisos e irradiar alegria. Em tempos de crise, a sua história serve de inspiração para muita gente!

Conheçam mais sobre "A Janela da Namoradeira" através do vídeo que pode se ver, aqui

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Meu amigo Facebook

Começou como "Thefacebook", um site criado por quatro alunos da Universidade de Harvard (EUA) e colegas de quarto - Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz, Chris Hughes e o brasileiro Eduardo Saverin - para os entreter e ajudar a relacionarem-se. Hoje, com mais de 1,19 mil milhão de usuários em todo o mundo, o Facebook, a maior rede social do planeta, completa 10 anos. Uma matéria do G1 (São Paulo) mostra a evolução da rede social e pode ser vista, aqui.

É inegável o sucesso do Facebook, mas a verdade é que, passado uma década de sua existência, começa a dar sinais de deficiência. Uma pesquisa realizada pelo Pew Research para comemorar o aniversário do site revela que mais de um terço dos usuários dos Estados Unidos "se irrita com pessoas que compartilham muitas informações pessoais e com indivíduos que publicam fotos suas" sem autorização prévia. A maior parte dos usuários americanos são adolescentes entre 12 e 17 anos, mas recentemente o Facebook admitiu que "a rede social está perdendo popularidade entre os jovens e adolescentes". Isto porque o Facebook... digamos... está ficando velho! A idade média do seu usuário é de 40,5 e, nessa medida, os jovens sentem o risco de serem observados e migram para outras plataformas onde possam ter privacidade longe da geração de seus pais.

O que acho de tudo isto? Bem, acho que o Facebook tem dado provas de ser uma boa ferramenta social e profissional; contudo, é preciso recordar que há vida para além do monitor. O que se passa conosco? Não que seja o meu caso, mas essa notícia dos filhos disputarem com os pais mais liberdade no espaço virtual, numa autêntica batalha por privacidade conquistada através do próximo e mais novo aplicativo, me fez sentir patética! Outro dia, ouvi um comentário formidável sobre isso, e que resume tudo, do género: "é irónico como a mesma tecnologia que nos aproxima de quem está longe, nos afasta de quem está perto!".

Assim, para comemorar os 10 anos do nosso amigo Facebook, partilho essa imagem que, ao meu ver, fala por si. 


Já agora, recordo que os alfarrábios também está no Facebook. Dêem um "like" e acompanhem a nossa página depois de lavarem a loiça, lerem um livro, amarem, brincarem com os vossos filhos e não tiverem mais nada na p. da vida para fazer...