segunda-feira, 13 de abril de 2015

O que é feito de mim? (O que é feito de ti?)

Faz tempo que não dou notícias mas continuo por aqui. De minha parte, fazendo mais ou menos as mesmas coisas... 

Não escrevo tanto mais por punição, a ver se obrigo-me a acabar o trabalho - todo o tempo de escrita deve ser canalizado. 

Uma parte do dia ocupo-me do jantar, das meninas, das tarefas rotineiras... vez por outra recebo notícias que deixam-me feliz, outras nem por isso... alguns dias estou um caco, em outros sinto-me extraordinária. Não é assim com todos?

Sinto-me, ainda, perseguida por um pensamento atroz: o medo e a incerteza quanto a um futuro próximo. Resolvi viver um dia de cada vez, terminar passo a passo uma caminhada que já vem de longe. Mas tenho medo.

Há noites em que não durmo. Tenho tanta coisa por fazer e quero tanto fazer tantas coisas! A noite tornou-se a minha maior crítica.

Ainda assim tiro férias. Sim, a minha família não tem culpa da minha desorientação; além do mais, sou responsável pela felicidade de duas crianças.   

Mas há dias em que corro, por uma questão de sanidade e prazer. Agora faço treinos com desafios e adoro sentir-me forte; sentir que, nesse aspeto, os meus limites sou eu quem me imponho. A corrida é o meu Reset.

Recordei-me de sentimentos bons que andavam esquecidos, guardados no fundo de um coração com espaço demasiado ocupado com quezilas sem importância.

E tento, por tudo, ter tempo para mim; ter uma vida produtiva o mais que possa e seguir em frente, descobrindo, todos os dias, maneiras de ser feliz.

E tu? O que é feito de ti? Precisava saber que estás aí, precisava saber que continuas a gostar de estar aqui... e que não vamos desistir, pois não?

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