(Ao meu marido, que me entende,
me ampara e me acompanha, mesmo que às vezes de longe!)
Estou bastante feliz com a
aceitação do blogue por um número cada vez maior de pessoas que vêm espreitar e
dizer que se reveem nas histórias que aqui vou contando. Sinto-me menos só
nesse universo de indecisões e decisões, acertadas ou não, apressadas ou não e muitas
vezes aos solavancos! Talvez a boa receção deva-se ao
fato de eu ser uma pensadora incorrigível, passo o tempo todo a pensar no que me
ocorre, no que ouço, no que falo, no que vejo, no que leio… algumas vezes a
apreender, outras a sofrer. Mas é exatamente isto que sacia a necessidade que
sinto de quebrar rotinas, não há rotinas em meus pensamentos! Contudo, vou pausando
a solidão e o silêncio necessário para o meu trabalho, além de ir verificando
se o que faço é útil de uma forma mais efetiva.
Esta constatação me levou a
pensar numa conversa interessantíssima que tive com um amigo. Falávamos sobre a
monotonia do casamento, o que não deixa de ser verdade, ainda mais quando se
tem filhos pequenos. Já repararam na logística que pode implicar uma simples
ida ao cinema? Às vezes mais vale pedir uma pizza e se refestelar no sofá a
assistir um “filminho”!
É por isso que tantas vezes o
amor se esvai consumido pela rotina, para lá na frente reacender (ou não!),
fascinado por uma nova e estimulante descoberta a dois, até que o cotidiano vem
demonstrar que a monotonia do casamento nada tem a ver com o comportamento
daquele que a convivência nos ensina a prever tão bem! A própria otimização das
inúmeras tarefas do dia-a-dia de uma família requer previsibilidade.
Acredito firmemente que o casamento
não pode se sustentar só no amor. É, aliás, impossível estar casado sem se
gostar de estar casado. Há outras coisas que todos nós sabemos sobre a importância da conquista,
a intimidade preservada, a liberdade consentida, o respeito recíproco, etc. Tudo
isto é verdade e é legítimo, mas sobretudo, há que se sentir bem com o
casamento, que ter vontade de voltar para casa mesmo que seja para “o mesmo de
sempre”, que tomar isto a peito e defender o casamento de nossas próprias
insatisfações. Isto é, se gostamos e queremos estar casados, temos que pôr o
casamento a salvo de nós mesmos. E depois disto tudo, ainda é preciso ter um
bocado de sorte!
Sábias palavras Núbia! Mesmo com a rotina, que é praticamente inevitável quando vêm as crianças, há que se reinventar o quotidiano, há que se ter jogo de cintura e como tu dizes, defender o casamento de nós mesmos e acima de tudo é preciso haver amor. Só assim, só assim...
ResponderEliminarbeijo
" defender o casamento das nossas proprias insatisfacoes" Perfeito Nubia!
ResponderEliminarObrigada, Susana... mesmo! :D
ResponderEliminarEntão... minha conclusão é que gosto da instituição, gosto de estar casada com o meu maridinho e dividir com ele... e também com ele reinventar... sem pensar: sabe-se lá até quando... para mim, "que seja infinito enquanto dure" como bem salientou nosso compositor Vinícius de Moraes em seu Soneto de fidelidade.(rs)
ResponderEliminar