Saudades de ti, Alfarrábios! Prometi que só voltava aqui quando a vida me permitisse um momento de descontração autoral, por causa daquela coisa assombrosa de mais ou menos 300 páginas que me tira o sono e que não vejo jeito de pôr um ponto final. É que a coisa não anda, ou melhor, anda, mas de gatinha!
Eu é que ando sem paciência. Tenho visto coisas horríveis a acontecer pelo mundo, parece que estamos a meio de um novo extermínio em massa e a gente não sabe para que lado há de se virar. Outro dia, vi colegas destratarem-se por causa de política. Essas coisas de intolerância me entristece, embora eu própria, como disse, ando sem paciência.
Quando a curiosidade é maior do que eu, vou saber se afinal aquela amiga que estava a espera de bebé já o tem no colo; ou como anda a família da outra margem do infinito azul; ou quem é que está mais feliz do que eu... e então vejo o que fazemos nós para autopromover a nossa excentricidade... acho o mundo tão estranho! Insano. Não falo das coisas que nos alegra a alma de ver na expressão de amor do outro ou na saudade que diminuímos aos bocadinhos, inocente; falo das pessoas que julgam que o mundo cabe na circunferência do seu próprio umbigo. Às vezes pego-me a rir, desacreditada.
Mas olha, ainda assim, fui de férias. Lembra que tenho duas rainhas lá em casa? Que me enche o coração de amor? Que culpa elas têm? Também ando sem paciência para elas, coitadinhas! Para ser sincera, ando meio histérica! Elas estão a crescer rápido demais, estão se enchendo de poder... eu não acompanho... e quando a noite cai, penso que fiz tudo mal e lamento. Mas ainda assim tento dar-lhes o melhor que tenho: dou-lhes o meu tempo, escasso mesmo assim, além do meu amor por vezes fragmentado.
Continuo a correr. Durante aquela horinha, corro, penso, extravaso e tiro conclusões. Conclusões boas e más. Esses dias conclui que a vida nem sempre é o que aparenta, que é mais difícil ser tristemente verdadeiro do que fingir alegria e que, de facto, qualquer problema torna-se menor quando se tem companhia.
Por falar nisso, lembra que fez 9 anos que casei-me com o amor da minha vida? É verdade, mudamos, desde então. Mas continuo a acreditar que apaixonei-me por um homem com um coração amoroso e tenho fé que ele não se esqueça... Nem eu, Alfarrábios! Nem eu!
É que a vida não é uma história que se escreve num dia. Tem gente tão estúpida, Alfarrábios! Deus nos livre de gente estúpida.
É que a vida não é uma história que se escreve num dia. Tem gente tão estúpida, Alfarrábios! Deus nos livre de gente estúpida.
Bom dia! Estava com saudades do Alfarrábios....ou será que seriam saudades de ti?
ResponderEliminarE eu te ti... Dava-te um abraço bem apertado agora.
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