Sou uma pessoa angustiada com os ponteiros do relógio. Adorava saber desenhar, ilustrava-me com um relógio como uma arma apontado à cabeça. É o que nesse momento melhor me descreveria, mas a verdade é que essa sensação é mais comum do que possamos imaginar. A sobrecarga de tarefas que nos impomos deixa-nos de rastos.
Não à toa esse sentimento que algumas mulheres experienciam como stress, outras como incapacidade de progredir na carreira profissional e educacional, vem sendo motivo de preocupação dos países nos diversos encontros internacionais. Apenas como uma referência importante, em 1994, na Conferência do Cairo, falou-se em plena participação e parceria entre mulheres e homens como necessários à vida produtiva e reprodutiva, inclusive com a divisão de responsabilidades no cuidado e alimentação dos filhos e na manutenção da família. E mais se disse:
Mas sexismos à parte, nada disso anula a possibilidade real de muitos homens, pais solteiros ou não, divorciados ou não, assumirem o papel tradicionalmente desempenhado pela mulher na família e na sociedade. É importante que se diga que, no caso das mulheres, a situação é agravada pela falta ou desequilíbrio no apoio, sobretudo, por parte do Estado e da sociedade.
Não à toa esse sentimento que algumas mulheres experienciam como stress, outras como incapacidade de progredir na carreira profissional e educacional, vem sendo motivo de preocupação dos países nos diversos encontros internacionais. Apenas como uma referência importante, em 1994, na Conferência do Cairo, falou-se em plena participação e parceria entre mulheres e homens como necessários à vida produtiva e reprodutiva, inclusive com a divisão de responsabilidades no cuidado e alimentação dos filhos e na manutenção da família. E mais se disse:
"Em todo o mundo, a mulher vê em perigo sua vida, sua saúde e seu bem-estar porque está sobrecarregada de trabalho e carece de poder e de influência. Na maior parte do mundo, as mulheres recebem menos educação formal que os homens e, ao mesmo tempo, não se reconhecem seus conhecimentos, aptidões e mecanismos de luta frente a vida. As relações de poder que impedem a mulher de alcançar uma vida sadia e plena se faz sentir em muitos níveis da sociedade, desde os mais pessoais até os mais públicos" (Cap. IV, par. 4.1, Relatório da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, Plataforma de Cairo).Passados mais de 20 anos desde a Conferência do Cairo, continuamos a discutir como um assunto atualíssimo a necessidade premente de empoderamento da mulher, de igualdade e equidade dos sexos e de desenvolvimento sustentável. Portanto, o tempo de uma mulher não é coisa que se resolva e se explique com um relógio apontado à cabeça, isto sim uma arma branca.
Mas sexismos à parte, nada disso anula a possibilidade real de muitos homens, pais solteiros ou não, divorciados ou não, assumirem o papel tradicionalmente desempenhado pela mulher na família e na sociedade. É importante que se diga que, no caso das mulheres, a situação é agravada pela falta ou desequilíbrio no apoio, sobretudo, por parte do Estado e da sociedade.
E foi por isso que, sem tempo para muito, de forma quase irônica comecei a correr. Hoje corro porque é quando mais me sinto livre de mim e da rotina; corro porque, durante aquela horinha de relógio, apodero-me do tempo. Corro sozinha, de fones no ouvido, música alta e todo o resto esquecido.
Assim como eu, qualquer um, a princípio, pode começar e amar correr. Bastam uns bons tênis, uma roupa apropriada para o frio ou o calor e a boa disposição que se ganha pelo caminho.
A propósito, recomendo a quem queira começar ou está a retomar os treinos, a leitura de um livro fabuloso, dirigido às meninas, mas que vale para os machos também: Correr (não) é Para Meninas, da autora Alexandra Heminsley, edição em português da Ed. Asa. A sinopse diz tudo:
Assim como eu, qualquer um, a princípio, pode começar e amar correr. Bastam uns bons tênis, uma roupa apropriada para o frio ou o calor e a boa disposição que se ganha pelo caminho.
A propósito, recomendo a quem queira começar ou está a retomar os treinos, a leitura de um livro fabuloso, dirigido às meninas, mas que vale para os machos também: Correr (não) é Para Meninas, da autora Alexandra Heminsley, edição em português da Ed. Asa. A sinopse diz tudo:
"Alexandra Heminsley queria ter a cintura de uma supermodelo, as pernas de uma bailarina, a rapidez de uma gazela. Durante anos, debateu-se com estas expectativas e a realidade dos implacáveis ginásios da moda e de exercícios que a entediavam de morte. Ela queria sentir-se bem mas ver resultados rápidos. Queria ar livre e liberdade. Um dia, decidiu correr. A sua primeira corrida não acabou bem. Atualmente, já correu cinco maratonas. Como? Tudo mudou no dia em que percebeu que correr é não só um exercício físico. É também um exercício mental. É uma atitude. Por isso, embora este livro seja sobre corrida, não é apenas sobre corrida. É também sobre determinação (sim, sair da cama numa manhã chuvosa de domingo é um desafio), relações pessoais (enfrentar os intimidantes veteranos do desporto também conta), e o nosso próprio corpo (não, a gravidade não tem de interferir no nosso desempenho). Mais, é sobre cada uma de nós (e nós conseguimos chegar mais longe do que pensamos… mesmo!)."
Boa corrida! ;)
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