Cá estou, de volta, com a minha mania de dar palpites! Evidentemente, têm todos o direito de discordar e fica assim o dito pelo não dito, neste caso, é só a opinião de uma mãe que aprende enquanto erra. Mas tinha de comentar a notícia que vi a circular, de um pai que ganhou fama e notoriedade ao partilhar no seu perfil da rede social a planilha que criou com descontos na mesada dos filhos a cada falha dos mesmos. Antes, devo dizer, em meu próprio prejuízo, que sou um tanto quanto disciplinadora, um tanto quanto à moda antiga. Acontece que, se sobrevivi sem traumas de infância aos métodos de disciplina tradicionais, não vejo sentido em repudiar tanto o castigo e, eventualmente, a palmada moderada, como pretende o discurso contemporâneo da educação só à base da conversa, que me soa demagógico. Lá em casa, naturalmente, incentivamos a liberdade de expressão, porém dentro do limite do respeito ao próximo e, em larga medida, do recheio da casa. Também não vejo qual a graça em deixar os brinquedos espalhados pela casa a espera de alguém que os arrume, muito menos em rabiscar os sofás cuja fatura até hoje guardamos! Pode até ser uma modalidade de expressão artística, mas no momento o custo não compensa a arte. E como para manter-se alguma ordem há que reconhecer-se a liderança, também em nossa família os pais são os soberanos. Ora, se a conversa falhar, têm legitimidade para aplicar o castigo. Pelo menos é assim que funcionamos!
Posto isto, a princípio, valorizei a iniciativa desse pai. E de fato teria o seu valor, não fosse o catálogo de infrações tipificadas e, bem vista a coisa, do mercantilismo da relação. Pareceu-me uma ideia bem concebida, até ver que os descontos monetários, como forma de punição, vão desde "Faltar, atrasar ou reclamar para ir à missa" até "não usar óculos"! Pareceu-me... com o maior respeito a esse pai e a ressalva de que o método pode funcionar lindamente com a sua família, mas apreciando a situação a partir da minha ótica isolada... pareceu-me um tanto quanto excessivo, talvez demasiadamente repressivo! Pareceu-me que esta fórmula poderá ser bastante eficiente para a criação de crianças robotizadas, crianças tolhidas demais! Pareceu-me, portanto, uma boa ideia, mas talvez não muito bem executada! Ou seja, a existência de regras de respeito pelo ambiente familiar, de ajuda recíproca e responsabilidade coletiva, ao meu ver, é bom que seja incentivada. Por outro lado, o objetivo de criar nos filhos compromisso e responsabilidade financeira zelando pelo cumprimento das normas, pode em verdade gerar o efeito inversamente pretendido, que é o entendimento de que a regra deve ser cumprida não em razão de sua função ou benefício, mas sim, e o que ainda é pior, por mercenarismo.
Posto isto, a princípio, valorizei a iniciativa desse pai. E de fato teria o seu valor, não fosse o catálogo de infrações tipificadas e, bem vista a coisa, do mercantilismo da relação. Pareceu-me uma ideia bem concebida, até ver que os descontos monetários, como forma de punição, vão desde "Faltar, atrasar ou reclamar para ir à missa" até "não usar óculos"! Pareceu-me... com o maior respeito a esse pai e a ressalva de que o método pode funcionar lindamente com a sua família, mas apreciando a situação a partir da minha ótica isolada... pareceu-me um tanto quanto excessivo, talvez demasiadamente repressivo! Pareceu-me que esta fórmula poderá ser bastante eficiente para a criação de crianças robotizadas, crianças tolhidas demais! Pareceu-me, portanto, uma boa ideia, mas talvez não muito bem executada! Ou seja, a existência de regras de respeito pelo ambiente familiar, de ajuda recíproca e responsabilidade coletiva, ao meu ver, é bom que seja incentivada. Por outro lado, o objetivo de criar nos filhos compromisso e responsabilidade financeira zelando pelo cumprimento das normas, pode em verdade gerar o efeito inversamente pretendido, que é o entendimento de que a regra deve ser cumprida não em razão de sua função ou benefício, mas sim, e o que ainda é pior, por mercenarismo.
Por fim, talvez os castigos mais clássicos, do gênero retirar uma regalia ou dobrar as horas de estudo até compreender o significado das atitudes falhas, possam ser os que ainda surtam o melhor efeito. Bem, isto é só o que eu penso, claro, sem nenhuma credencial a mais, a não ser o meu próprio "achismo". Vale o que vale!
Fonte: Imagem retirada da Internet |
Concordo, Núbia! Há é que procurar adequar a tabela a cada caso. Eu até compreendo a questão dos óculos. No meu caso, estava sempre a perder os meus... até que os meus Pais me descontaram parte do preço de um deles na semanada. A partir daí, nunca mais os deixei de ter debaixo de olho! ;)
ResponderEliminarObrigada por comentar, caro amigo LCO! E penso que é exatamente isso, o castigo deve ter ligação com o ato reprovado, para ser educativo. Veja, no seu caso, um exemplo bem sucedido! ;)
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