quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Semear, colher e agradecer!

Só com o passar dos anos percebi bem o verdadeiro valor das coisas, percebi que só mantemos aquilo que nos pertence e que a conquista também se faz com renúncia. A partir dessa constatação, acho que tornei-me uma pessoa menos pesarosa... e agradecida! Sou muito crítica! Observo muito a vida ao meu redor, as pessoas próximas, e cada vez mais tenho a certeza que as coisas mais valiosas são as aparentemente mais simples, corriqueiras e gratuitas. Pode ser relativamente simples ser-se feliz, mas não é nada fácil! 
 
E assim, hoje sinto que devo um agradecimento, porque esta semana, sem que estivesse minimamente a espera, uma notícia me deixou muito feliz! Os alfarrábios foi referido numa data importante para uma família, pelo anfitrião da festa que o meu marido fotografou, por considera-lo "um blog muito interessante", mas principalmente, por se sentir identificado com o que escrevi no post «Sete anos de casados...». Disse isto em discurso, num dia especial, na presença de pessoas importantes para si! Para mim, é motivo de enorme gratidão poder fazer um pouco parte da vida de pessoas que até então eu não sabia e poder, com o que vou semeando aqui, mais ou menos de forma aleatória, tocar no coração das pessoas... fazê-las pensar: - (...) Oh pá, é isto!
 
Obrigada, Bruno! Obrigada também pela generosidade em permitir a partilha do vídeo! Tudo o que queria era dizer que somos muitos, todos diferentes, mas iguais em tantas outras coisas... E acho que consegui!
 
            

Happy Halloween!!!

Fonte: Imagem retirada da Internet

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Tatoos Rosa

Fonte: Imagem retirada da Internet
Está chegando ao fim o Outubro Rosa, mês dedicado à consciencialização de toda a sociedade, sobretudo das mulheres, para a importância de se prevenir e diagnosticar precocemente o cancro (câncer) de mama. A campanha começou em 1990, nos Estados Unidos, e desde então é realizado em locais variados por todo o mundo.

Para sinalizar este mês, mostrei, aqui, o ensaio fotográfico realizado por Bzerzinski-Coley, uma paciente oncológica que quis deixar a todas as pessoas uma mensagem positiva, como forma de dizer-lhes que, apesar da doença, é possível sentir-se bonita e sensual. Reconhecidamente, um dos maiores problemas para as mulheres quando se deparam com o diagnóstico é aceitar a mutilação, conviver com as cicatrizes permanentes deixadas pela mastectomia. E, neste aspecto, trago hoje um belíssimo trabalho desenvolvido por tatuadores em mulheres que conseguem superar a doença, ajudando-as no processo de recuperação da autoestima. O projeto chama-se P.INK (Tatuagem Pessoal), surgiu nos Estados Unidos e tem como precursora Molly Ortwein. Vejam abaixo o emocionante documentário com a história contada pela própria Molly: 

     

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Pimentinha...

Para Vinícius de Moraes, era a Pimentinha, para outros, a Hélice Regina. Os críticos a consideram a maior intérprete brasileira de todos os tempos. Ficou conhecida pela sua voz inigualável, sua explosão de emoções no palco e suas declarações bombásticas. Morreu em 1982, aos 36 anos de idade, mas para os fãs Elis Regina ainda vive.
 
Hoje, abro o blogue com esta frase dita pela Elis e o desejo de um dia feliz para todos. Façamos por isto! 
 
Fonte: Imagem retirada da Internet
 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Pelas pequenas mãos de uma grande artista!

 
A Malu é uma querida! No domingo, logo pela manhã, recebeu-me com este desenho. Isto porque na véspera tivemos uma conversa de "meninas que se amam", expliquei-lhe que sentia-me cansada, que precisava de sua ajuda, como filha e mana mais velha. E ela não se fez de rogada! Nesse dia, acordou mais cedo, mas ao contrário do costume não chamou por mim... Foi para a sala e pôs-se a me fazer feliz!

Análise plástica, pela própria artista:
 
- Aqui sou eu e a mamãe com a Eva ao colo; aqui é a bandeira do Brasil.
 
- E o que é isto, uma montanha?
 
- Não, é um grande coração.
 
- E por que este coração não tem ponta?
 
- Porque nós temos que estar com os pés no chão...
 
(Mais acima, apagado, o que parece ser o desenho de um pássaro ou avião)
 
- E por que estas partes apagadas, filha?
 
- Porque não cabia tudo no meu desenho!
 
- !!!
 
- Mamãe,  fiz este desenho para ti. Podes pôr no teu blogue.
 
Já está. Veio do coração de uma pequena grande artista, que ouve e entende, como ninguém, o que vem de dentro do meu coração. Tem a cara desses alfarrábios! 

domingo, 27 de outubro de 2013

Só quem os tem...

Há uns dias a irritação me consome mais do que o normal. Durmo mal, preocupa-me as obrigações com o trabalho: a tese sem grandes progressos, a revisão editorial de artigos que não acaba, os dois artigos que me comprometi a escrever, o inglês, a falta de tempo que assola a humanidade... Preocupa-me outras questões importantes! E o cansaço vem em desassossego, vontade de me encolher, não ouvir ruído algum, reclamações nem pensar! Nem com a ervilha no arroz, nem com as couves na sopa, nem com o cocó, a roupa que não seca, a hora do banho, o ritual para dormir... E nessas horas, melhor não me queixar, há sempre alguém que sabe mais e traça o diagnóstico completo de minhas falhas, com prognóstico e tudo. Nessas horas, descubro que, se calhar, sou mãe a mais, estou presente demais quando estou com elas naquelas horas que nos restam para estarmos juntas. Devo ter o meu espaço, tomar posse dele, proibir a entrada. E chego a pensar que o amor deveria ser vendido em frasquinhos de 200, 500 ou 1000ml, deveria vir acompanhado por bula e uma seringa de administração das doses recomendadas para cada usuário. A gente chegava numa parafarmácia e pedia um frasquinho de amor mini ou médio ou um pouco maior, depois, conforme fosse, íamos fazendo o desmame! Bem, isso tudo seria um sonho, mas só quem é mãe, quem conscientemente quis ser mãe mais de uma vez e que não vê nisto um estatuto, nem uma obrigação que se delega, sabe o quanto é difícil administrar aos filhos amor em doses homeopáticas. No fundo, os filhos são o reflexo de nós mesmos! E o cansaço? Outro dia li no blog de uma amiga querida um post onde conta a história de uma pessoa próxima, uma mulher como tantas outras, que a dada altura da vida quis descansar. E se cansou de descansar. E sentiu-se só, mais do que isto, sentiu-se vazia. E suicidou-se. Isto sim é que é tristeza! Eu, de vazio, não me posso queixar!    

O vídeo, abaixo, do poema Enjoadinho de Vinicius de Moraes declamado por Paulo Autran, foi um alento!



sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Horário de inverno (UE), é já no domingo!

É já no domingo, dia 27 de Outubro, que entra em vigor o horário de inverno 2013 para Portugal. Assim, deveremos atrasar o relógio em 60 minutos às 02h00 (Continente e Madeira) e 01h00 (Açores). O que significa dizer que, neste dia, teremos o dia mais longo do ano (com 25 horas) e, já agora, poderemos dormir mais uma horinha! Como eu ando a precisar disso!
 
(A mudança de hora decorre de uma diretiva comunitária e é prevista para toda a União Europeia. Em Portugal, a hora legal é fornecida pelo Observatório Astronómico de Lisboa. O horário de inverno termina no último domingo de Março do ano seguinte).
 
Fonte: Imagem retirada da Internet
 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A Fada trabalhadora!

Fonte: Imagem retirada da Internet
A gente começa por acreditar em Fadas, Pai Natal (Papai Noel), Coelhinho da Páscoa... Depois, aos poucos, tudo isso vai se transformando em lenda. Verdade ou mito, nunca antes apreciei tanto a Fada do Dente! O que para mim há tempos pareceu um terror, aconteceu à minha menina, com euforia e alegria, graças a esperada visita da Fadinha do Dente! Já todos na escola felizes, exibindo seus sorrisos desdentados, mas nada da Fada aparecer lá por casa! Ninguém mais aguentava tanta espera! 

E finalmente, eis que, esta semana, em dias intercalados, a danada deu o ar da graça e levou da Malu os dois dentinhos que abanavam, abanavam, sem entretanto sucumbirem! De modo que tive de dar-lhe uma "mãozinha"! Com o coração espremido, do tamanho de uma ervilha, muni-me de pomada anestésica como quem sabia o que fazia... para o espanto da pequena que, com desdém, exclamava: "- Mas para quê tudo isso!?". Bem, mesmo com tanta coragem, nestas duas noites, foi um corre-corre para a cama da mãe! 

(Fadinha, foste uma grande ajuda, mas não me importo que agora vá atender aos outros pedidos! Acho que preciso descansar!)
    

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

E por que é que ela fica?

Ontem uma amiga e colega de "labuta" partilhou comigo um vídeo que me deixou a pensar! Em viagem de trabalho que mais se parece com as merecidas férias de sua vida, lá do Brasil, vai me enviando fotos de baianas, acarajés e pão de açúcar, a rir de meu infortúnio. Mas redimiu-se, e para provar que também está a investigar, enviou-me o vídeo que trago abaixo, espetacular, sobre violência doméstica.
 
Há muito queria escrever sobre violência doméstica, sobre a importância de alertar as pessoas acerca de assunto tão delicado! Mas não queria que fosse um texto puramente técnico, aborrecedor; queria que fosse algo que nos tocasse a todos, profundamente. Basicamente, sobre as questões jurídicas, todos sabem que a violência doméstica é criminalmente prevista, e como tal, passível de punição. Em Portugal, a conduta é descrita no Código Penal (art. 152º); e no Brasil, possui legislação específica, a Lei Maria da Penha. Numa análise ligeira, parece-me que a diferença principal entre os dois ordenamentos jurídicos é que, em Portugal, a violência doméstica tanto pode ser perpetrada por homem contra mulher como o inverso; já no Brasil, a Lei Maria da Penha visa proteger exclusivamente as ofendidas, independentemente de sua orientação sexual e, segundo posições mais atuais,  alcançando as transexuais. Quando a violência doméstica for praticada por mulher contra homem, a conduta será punida em face do Código Penal brasileiro. Afora isto, é importante dizer que há muitas formas de violência doméstica, incluindo a física, a sexual, a psicológica, a económica e a moral. E que a violência doméstica pode vitimar crianças, jovens, adultos e idosos, pessoas casadas ou não, que coabitem ou não, ricas ou pobres. Ou seja, qualquer pessoa, normalmente em situação de vulnerabilidade, pode ser vítima de violência doméstica.
 
E foi exatamente isto que aconteceu a Leslie Morgan Steiner, uma escritora norteamericana, licenciada pela Universidade de Harvard, com um bom emprego, casa própria, mas que, aos 22 anos de idade, caiu perdidamente de amor e casou-se com o homem que lhe batia, humilhava e tentava contra a sua vida. É difícil para uma pessoa distanciada dessa cruel realidade compreender a razão que leva alguém a insistir numa relação amorosa com quem lhe maltrata. Leslie explica, que apesar de tudo, não sabia que estava sendo maltratada, era por isto que ficava. Achava-se forte, apaixonada por um homem problemático e sentia que era a única pessoa que lhe podia ajudar. Perguntada, por que não o abandonava, somente por fim Leslie compreendeu que também era por medo. "É extremamente perigoso deixar um agressor... porque aí o agressor não tem nada a perder". Depois, quando se tem filhos, é doloroso para uma mulher deixá-los passar "tempo não supervisionado com o homem que batia na mãe deles". Digo-lhes, que muitas vezes, fica-se também porque não se sabe para onde ir; fica-se por vergonha; fica-se porque se está doente de amor.  
 
Leslie diz que somente conseguiu acabar com a negação em que se encontrava quando percebeu que o homem que tanto amava iria de fato lhe matar, se ela deixasse. Então decidiu acabar com a sua louca história de amor rompendo o silêncio e esta também foi a forma que encontrou de ajudar outras pessoas. Quebrar o silêncio, contar para toda a gente o que se está a passar, pedir e aceitar ajuda, é a única maneira de acabar com a violência. Nas palavras de Leslie, "os maus-tratos crescem apenas com o silêncio". Hoje Leslie refez a vida, voltou a casar com um homem amável e gentil e têm juntos três filhos, um labrador preto e um monovolume. Segundo afirma, o que nunca mais terá, "nunca mais, é uma arma apontada à cabeça por alguém que diz amar-[lhe]".
 
Por isso, sentida com a história de Leslie, achei que era a altura certa para dedicar algum tempo a este tema, já que a violência doméstica, se não nos afeta, pode não estar longe de nós. Neste instante, pode estar a afetar alguém de nossa família, de nosso trabalho e até mesmo a nossa melhor amiga. Para Leslie, é preciso intervir, de forma consciente, tão logo se reconheça os primeiros sinais de violência, fazendo-a diminuir. E ela sabe o que diz, é uma sobrevivente. Assim, para finalizar, conclamo as palavras da própria Leslie: "Juntos podemos fazer das nossas camas, das nossas mesas de jantar e das nossas famílias, o oásis seguro e perfeito que devem ser".
 
Vejam o vídeo!
 
 
      

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Centenário do "Poetinha" brasileiro!

No dia 19 de Outubro (sábado passado) comemorou-se o centenário de Vinicius de Moraes. Vinicius de Moraes foi um diplomata, dramaturgo, jornalista, compositor e poeta brasileiro, essencialmente lírico, razão pela qual o seu parceiro e amigo Tom Jobim lhe atribuiu a alcunha "Poetinha", como ficou conhecido.
 
Capa do disco novo
Para homenagear o poeta do amor e das crianças - e apesar de ser quase impossível escolher apenas uma obra diante do rico acervo de Vinicius de Moraes -, resolvi destacar a que guardo com carinho especial e que fiz questão de dar a conhecer às minhas filhas, que são as canções do álbum "A Arca de Noé", originalmente lançado nos anos 80 em dois volumes. Adoro cantar para elas "Menininha", gravada por Toquinho, e elas também adoram ouvir a mãe cantar, mesmo desafinada!
 
Para a minha felicidade (e porque os CDs que tenho estão em péssima qualidade), as canções foram regravadas e lançadas com novos arranjos, em um único volume, mantendo a participação de artistas do projeto antigo, como Chico Buarque, e inéditos como Maria Bethânia, Caetano Veloso, Ivete Sangalo e Seu Jorge. Para mim, é uma dessas coisas que a gente tem de conhecer, de ter guardada, de ouvir mil vezes, de ouvir com nossos filhos e de recomendar. Porque é poesia, é de bom gosto e, quanto mais não seja, é educativo.

            

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A minha quiche que faz sucesso!

A minha sogra tem fama de boa cozinheira e gosta de ser ela a preparar a comida para o marido, criteriosamente. Mas, acreditem, rendeu-se à minha quiche! E diante da aprovação elogiosa do meu sogro, pediu-me receita e tudo, não houve outro jeito! Assim, convenci-me de que passei no teste. Foi o oásis! Vai a receita:

Ingredientes
1 base de massa quebrada (no Brasil se diz massa podre, é a mesma massa da empada de galinha ou torta salgada) - comprada em qualquer supermercado ou como sugestão seguindo esta receita)
3 ovos
1 pacote de natas ou creme de leite fresco (200ml)

Recheio
Fazer um refogado à gosto, com o recheio que preferir, por exemplo, atum e espinafre; frango desfiado e milho; cogumelos, queijo e fiambre ou presunto; ou, ainda, as sobras de legumes e carne (costumo refogar primeiro a cebola ralada com azeite, caldo knorr e um pouco de vinho branco; acrescento um pouco de tomate em pedaços ou polpa e o recheio que escolher ou tiver em mãos; vou pondo água aos poucos que é para não secar e ficar suculento). Aqui, vale a imaginação!

Modo de fazer
1. Estender a massa quebrada numa tarteira ou travessa (deixando-a sobre o papel que vem envolta na embalagem ou em forma untada com manteiga e polvilhada com farinha, que é para ser fácil desenformar). 2. Alisar bem a massa até envolver todo o fundo e cortar com uma tesoura as sobras que ficam de fora da tarteira. 3. Picar a massa com um garfo em locais diferentes, para que não faça bolhas. 4. Verter o recheio para a forma. 5. Numa tigela à parte, misturar os ovos utilizando um garfo e de seguida verter para cima do recheio. 6. Por último, juntar as natas a este preparado e com o auxílio de um garfo envolver levemente as natas com o resto do recheio. 7. Poderá temperar com um pouco de pimenta e ervas aromáticas, por exemplo. 8. Levar ao forno médio, pré-aquecido a mais ou menos 180º, até ficar douradinha.

Agora, é só aproveitarem! Como vêem, é muito fácil de fazer, uma ótima opção para uma refeição ligeira ou mesmo para servir como entrada ou petisco. As minhas quiches já fazem parte do cardápio dos aniversários das meninas, com menção honrosa de todos!
 
Quiche de frango e milho

Quiche de atum e espinafres
          

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

"É melhor ser alegre que ser triste"

A propósito de uns problemas que me atormentam... e que vêm de longe... nada como cantar um samba!
 
"É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração
Mas pra fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza...
Senão não se faz um samba não
 
Senão é como amar uma mulher só linda
E daí? Uma mulher tem que ter
Qualquer coisa além de beleza
Qualquer coisa de triste
Qualquer coisa que chora
Qualquer coisa que sente saudade
Um molejo de amor machucado
Uma beleza que vem da tristeza
De se saber mulher
Feita apenas para amar
Para sofrer pelo seu amor
E para ser só perdão
 
Fazer samba não é contar piada
E quem faz samba assim não é de nada
O bom samba é uma forma de oração
Porque o samba é a tristeza que balança
E a tristeza tem sempre uma esperança...
De um dia não ser mais triste não
 
Feito essa gente que anda por aí
Brincando com a vida
Cuidado, companheiro!
A vida é pra valer
E não se engane não, tem uma só
Duas mesmo que é bom
Ninguém vai me dizer que tem
Sem provar muito bem provado
Com certidão passada em cartório do céu
E assinada em baixo: Deus
E com firma reconhecida!
A vida não é brincadeira, amigo
A vida é arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida
Há sempre uma mulher à sua espera
Com os olhos cheios de carinho
E as mãos cheias de perdão
Ponha um pouco de amor na sua vida
Como no seu samba
 
Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba não
Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia...
Ele é negro demais no coração...
 
(Vinicius de Moraes/Baden Powell)
 

 

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Dia Mundial da Alimentação, com toda a fome que há no mundo

Fonte: Imagem retirada da Internet
Hoje a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) assinala o Dia Mundial da Alimentação com o alerta de que 842 milhões de pessoas passam fome no mundo e mais dois mil milhões têm deficiências nutritivas. Segundo essas estatísticas, uma em cada oito pessoas passam fome, sendo que, todos os anos, morrem 2,5 milhões de crianças com fome no mundo. Por outro lado, 1,4 mil milhões de pessoas vivem com excesso de peso.

É realmente paradoxal, sobretudo considerando o grave problema do desperdício alimentar, cerca de um terço dos alimentos produzidos em todo o mundo ou 1,3 mil milhões de toneladas, assunto que já abordamos aqui. Segundo especialista da FAO, com apenas um quarto desses números, é possível alimentar os 842 milhões de famintos

Com isto, entre uns que passam fome, outros que engordam e mais alguns tantos que desperdiçam, há algo de seriamente errado e que me leva a crer que não tem nada a ver com a comida ou a falta dela, mas sim com a educação do povo, com a política pública e o civismo. Já dizia os Titãs que "A gente não quer só comida; A gente quer comida, diversão e arte". Mas seja lá o que for que a gente queira, de barriga cheia é bem melhor! E você, tem fome de quê?
     

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Infrações disciplinares vs. Descontos na mesada: Certo ou errado?

Cá estou, de volta, com a minha mania de dar palpites! Evidentemente, têm todos o direito de discordar e fica assim o dito pelo não dito, neste caso, é só a opinião de uma mãe que aprende enquanto erra. Mas tinha de comentar a notícia que vi a circular, de um pai que ganhou fama e notoriedade ao partilhar no seu perfil da rede social a planilha que criou com descontos na mesada dos filhos a cada falha dos mesmos. Antes, devo dizer, em meu próprio prejuízo, que sou um tanto quanto disciplinadora, um tanto quanto à moda antiga. Acontece que, se sobrevivi sem traumas de infância aos métodos de disciplina tradicionais, não vejo sentido em repudiar tanto o castigo e, eventualmente, a palmada moderada, como pretende o discurso contemporâneo da educação só à base da conversa, que me soa demagógico. Lá em casa, naturalmente, incentivamos a liberdade de expressão, porém dentro do limite do respeito ao próximo e, em larga medida, do recheio da casa. Também não vejo qual a graça em deixar os brinquedos espalhados pela casa a espera de alguém que os arrume, muito menos em rabiscar os sofás cuja fatura até hoje guardamos! Pode até ser uma modalidade de expressão artística, mas no momento o custo não compensa a arte. E como para manter-se alguma ordem há que reconhecer-se a liderança, também em nossa família os pais são os soberanos. Ora, se a conversa falhar, têm legitimidade para aplicar o castigo. Pelo menos é assim que funcionamos!

Posto isto, a princípio, valorizei a iniciativa desse pai. E de fato teria o seu valor, não fosse o catálogo de infrações tipificadas e, bem vista a coisa, do mercantilismo da relação. Pareceu-me uma ideia bem concebida, até ver que os descontos monetários, como forma de punição, vão desde "Faltar, atrasar ou reclamar para ir à missa" até "não usar óculos"! Pareceu-me... com o maior respeito a esse pai e a ressalva de que o método pode funcionar lindamente com a sua família, mas apreciando a situação a partir da minha ótica isolada... pareceu-me um tanto quanto excessivo, talvez demasiadamente repressivo! Pareceu-me que esta fórmula poderá ser bastante eficiente para a criação de crianças robotizadas, crianças tolhidas demais! Pareceu-me, portanto, uma boa ideia, mas talvez não muito bem executada! Ou seja, a existência de regras de respeito pelo ambiente familiar, de ajuda recíproca e responsabilidade coletiva, ao meu ver, é bom que seja incentivada. Por outro lado, o objetivo de criar nos filhos compromisso e responsabilidade financeira zelando pelo cumprimento das normas, pode em verdade gerar o efeito inversamente pretendido, que é o entendimento de que a regra deve ser cumprida não em razão de sua função ou benefício, mas sim, e o que ainda é pior, por mercenarismo.
 
Por fim, talvez os castigos mais clássicos, do gênero retirar uma regalia ou dobrar as horas de estudo até compreender o significado das atitudes falhas, possam ser os que ainda surtam o melhor efeito. Bem, isto é só o que eu penso, claro, sem nenhuma credencial a mais, a não ser o meu próprio "achismo". Vale o que vale!
 
Fonte: Imagem retirada da Internet
           

terça-feira, 8 de outubro de 2013

As imagens de Jill dão cor ao Outubro Rosa

Jill Bzerzinski-Coley tem 35 anos e vive no Kentucky (EUA). Um dia antes de completar 32 anos, foi-lhe diagnosticado um cancro (câncer) de mama. Jill passou por uma mastectomia dupla, 16 sessões de quimioterapia, 31 de radioterapia e duas cirurgias reconstrutivas, mas, infelizmente, um novo exame detectou metástase nos ossos, retirando-lhe qualquer esperança de vida.

Todos devem conhecer uma história semelhante! Eu perdi para o cancro, pelo menos, uma grande amiga aos 32 anos de idade. A minha amiga ambicionava ser magistrada, era jovem, estudiosa e cheia de sonhos. Ser confrontada com uma realidade como esta é um golpe duro para quem tem vinte e poucos anos. Para a família da minha amiga foi desespero, desalento e dor. Diz-se que esta doença, de fato, é muito mais agressiva quando acontece antes dos 40 anos (com mais probabilidade de reincidência) e foi o que lhe aconteceu.

A minha amiga não teve tempo de deixar sua história escrita, lutou até o fim, tarde se apercebeu que a morte lhe havia vencido! Ao contrário, Jill já aceitou o seu destino, mas antes, quer que a sua história inspire outras pessoas, homens e mulheres do mundo inteiro, para que se sintam confiantes com o seu próprio corpo. Hoje, sua maior luta é alertar sobretudo as mulheres jovens para o cancro de mama. Assim, Jill contactou sua amiga fotógrafa Nikki Closer, que por sua vez convidou a fotógrafa de retratos Sue Brycer, e se deixou fotografar ao estilo de uma princesa, cujo ensaio, realizado em Paris, tem circulado o mundo através da Internet. A mensagem que se pretende transmitir, principalmente para as pessoas que vivem com a doença, é a de que, apesar disto, podem se sentir bonitas e sensuais.

E é assim que eu gostaria de reportar o Outubro Rosa, mês mundialmente dedicado à consciencialização popular sobre a importância do diagnóstico precoce e tratamento do cancro de mama, doença que mais mata mulheres em todo o mundo. Vamos deixar que as imagens de Jill falem por si, que nos alerte para o quão real é o cancro de mama, mas que ao mesmo tempo nos toque profundamente e nos motive, notadamente neste mês de Outubro, a dedicar algum tempo a nos examinar e fazer os nossos exames de rotina, assim como a repassar esta mensagem a todas as nossas amigas e mulheres de nossa família.

As imagens do ensaio fotográfico de Jill Bzerzinski-Colley podem ser vistas aqui. Jill também inspirou o documentário "The light that shines", que pode ser visto aqui.

Por fim, sugiro uma visita ao blog Minha Vida Comigo, escrito pela jornalista Vânia Castanheira, que se diferencia pela forma positiva como Vânia fala sobre a doença, o seu tratamento, sexualidade, nutrição, espiritualidade e aquilo que chama de "câncer da alma".

Quanto à nós, vamos combinar que levaremos o mês Rosa, literalmente, à peito, para o nosso bem e de todos aqueles que amamos.

(Em memória de Ivana Queiroz)
 
      

sábado, 5 de outubro de 2013

A Evinha faz 2 anos. Que sorte a nossa!

A Malu, de quando em vez, exclama: "A Eva tem muita sorte!". E é verdade! A Eva não só nasceu rodeada de amor e cuidado, como tem a grande sorte de contar com o benefício de ser a mais nova, a bebé da família. Ainda bem que é assim, pois se fosse o contrário, não sei o que seria de nós! A Eva tem a sorte de tirar-nos do sério e depois nos espreitar de soslaio, com aqueles olhos gigantes, de pestanas enormes, hipnotizadores. A Eva, sensivelmente do alto dos seus 0,85cm, é experiente em transpor obstáculos, subir escadas a saltar degraus, pendurar-se nos cortinados, arriscar-se em driblar a segurança e riscar paredes e sofás, limpar o chão com toalhitas Dodot, esconder-se nos quartos, desaparecer em locais públicos e fazer birras de enervar. Por outro lado, a Eva é espertíssima! Cedo percebeu que, como a segunda criança da casa, tinha de ser descomplicada para sobreviver à sofreguidão da mãe... e tornou-se um bocado independente, um bocado até demais para os moldes esperados! 
 
Hoje a Evinha completa 2 anos, mesma data da implantação da república portuguesa e da promulgação da Constituição do Brasil de 1988, sábado. Passamos o dia nós as três, com o pai a trabalhar, como costuma acontecer. Mas como queria muito registar este dia, cantamos nós os parabéns, partimos o bolo, enchemos a Evinha de mimos, fizemos o seu dia. E eu comecei a escrever à tarde, já é noite, talvez ainda vá a tempo, se a Evinha entretanto adormecer! Não queria que acabasse sem antes falar-vos da minha Evinha. Queria dizer-vos da sorte que tenho em ter duas filhas saudáveis e lindas, fisicamente muitíssimo parecidas, ambas do signo de balança (libra)... e as semelhanças terminam aqui. A Eva, meritoriamente, acrescentou-nos e estabilizou-nos, depois de um período natural de adaptação de todos. É, sem dúvida, a peça de encaixe que faltava! Nem consigo compreender o medo que tive de não ama-la tanto quanto à sua irmã, de não conseguir ser suficientemente mãe delas duas! De resto, a Eva  é realmente uma grande sortuda, mas a verdade disto tudo, é que nós é que tiramos a sorte grande! A Eva é uma encantadora de corações!
     

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Campanha "a maior energia é a sua". Adoro isto!

Adoro isto! Quando vi pela primeira vez, oh pá, senti que era isto! É tão verdade, é tão sinceramente verdade! A EDP lembrou-se disto, e quem entende do assunto, diz que é uma campanha publicitária com recurso à psicologia. Grande ideia, o resultado foi conseguido!
 
  

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Há 6 anos, ouvi o choro que mudou minha vida!

Há 6 anos, em Salvador, terra abençoada da minha Bahia, com os primeiros raios de sol de uma terça-feira, ouvi pela primeira vez o chorinho dela. Ela chegou, pequenina e confusa, refletia exatamente aquilo que eu sentia! Agarrou-se a mim e eu a ela, começávamos ali uma nova história. Tornamo-nos mais que mãe e filha, tornamo-nos companheiras, uma espécie de fieis escudeiras, protetoras, eu e ela professoras de nossas vidas. Tudo mudou a partir daquele dia! Nasceu em mim um amor que eu não conhecia e a sensação, confirmada, de que a minha casa seria blindada contra tudo que pudesse nos fazer mal. Ela é a minha "Lelé", a minha filha doce, amada, curiosa e sensível. A melhor amiga, a melhor irmã, a nossa Maluzinha. 
 
E eu só tenho a agradecer pela sua vida!
 
   

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Dia Mundial da Música

No dia 1 de Outubro de 1975, o International Music Council, organização fundada pela UNESCO, instituiu o Dia Mundial da Música, com o objetivo de promover a música e divulgar a diversidade musical, fazendo-a chegar a todas as pessoas, dentro dos ideais de paz e amizade fomentados pela ONU.
 
Hoje haverá, um pouco por todo o lado, programações musicais gratuitas em celebração a esta data, como no Museu da Música e no Museu do Fado, em Lisboa, e na Casa da Música, no Porto.
 
De minha parte, fiz esta pausa para pensar na trilha sonora da minha vida, no quanto a música define bem as fases que vou vivendo. Desde João Gilberto, Chico Buarque, Caetano Veloso, Maria Bethânia; Titãs, Legião Urbana, Cazuza; Adriana Esteves,  Zeca Baleiro, Ana Carolina, Seu Jorge, Maria Gadú; Luís Represas, Marisa, Antonio Zambujo; Leonard Cohen, Tom Jones, Adele, Amy Winehouse, John Mayer, Amy Mcdonald... todos já cantaram ou cantam para mim. E se pararem um instante, vão ver que há sempre música marcando um momento ou outro de vossas vidas. É isso que a música faz: toca o coração das pessoas! E é por isso que presto, agradecida, esta pequena homenagem a todos os artistas da música.
 
Fonte: Imagem retirada da Internet